Na pele de uma jihadista - Resenha



Sinopse (via Skoob)

A história real de uma jornalista recrutada pelo Estado Islâmico.
A jovem e frágil Mélodie, recém-convertida ao islamismo, conhece, num chat do Facebook, Bilel, integrante de alto escalão do Estado Islâmico e braço direito de Abu Bakr al-Baghdadi, um dos terroristas mais perigosos do mundo. Após somente dois dias de conversas por Skype, ele já se declara “apaixonado”. Mais do que isso: pede Mélodie em casamento, instigando-a a juntar-se a ele na Síria para viverem juntos uma vida idílica, repleta de riquezas materiais e espirituais.

Mas o que Bilel não sabe é que Mélodie não existe fora do mundo virtual. Ela é, na verdade, Anna Erelle, uma jovem repórter parisiense que investiga as redes de recrutamento de grupos terroristas e suas propagandas digitais.

 Bilel, o Jihadista

O livro conta a historia de Melodie, personagem criada pela jornalista francesa “Anna”, que por meio da internet, consegue adentrar uma das mais violentas organizações do mundo, Estado Islâmico (EI). A pesona Melodie possui 20 anos, é submissa, muçulmana recém convertida, que inicia um relacionamento virtual com uns dos homens mais importantes por trás da organização EI. Por meio dessas conversas, Melodie consegue descobrir mais sobre o esquema de recrutamento usado pela organização, que anualmente alicia milhares de jovens por todo mundo a se juntarem a luta e irem para localidades distantes, onde podem se preparar para morrer sob as graças de Allah por uma causa “maior”. 

O livro narra como Melodie se envolve com Bilel, um homem influente e próximo de Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico, um dos terroristas mais perigosos do mundo. O envolvimento da jovem francesa com o jihadista faz parte do plano da jornalista para poder se infiltrar no E.I. e investigar o que é a Jihad 2.0. Para quem não sabe, este termo é a nomeação da forma de propaganda digital utilizada pelos terroristas para poder recrutar guerreiros, hipnotizados pela violência distribuída ostensivamente nas redes sociais. o Jihad 2.0 é puro e gritante terrorismo digital e Bilel, em contato com Mélodie vai tentando envolvê-la, mostrando o quanto toda aquela crueldade tem um propósito e que ela será tratada como uma rainha se juntando à ele na Síria, onde o E.I. nasceu.

De linguagem simples, a leitura flui de forma rápida, porém preciso falar que este não foi um livro marcante. De certa forma, foi até decepcionante, pois eu achava que ela tinha efetivamente estado presente em território (físico) do E.I. 

A jornalista e autora do livro lançou seu trabalho sob o pseudônimo de “Anna Erelle” e ate hoje vive em reclusão e sobe a constante ameaça de organizações terroristas. Esse fato só confere mais força a obra, como um ato de coragem e de alerta aos acontecimentos que se desdobram diariamente naquele lado do mundo. De qualquer modo é um livro recomendado para pessoas que querem uma introdução bem rápida sobre os conflitos travados na Síria e seus impactos em toda a sociedade.




Para quem gosta de ler sobre histórias verídicas, vale a pena comprar este livro: A Casa do céu: http://www.dressa358.com/2014/09/o-que-andei-lendo-casa-do-ceu.html


Noticia sobre este assunto do jornal Daily Mail: http://www.dailymail.co.uk/femail/article-3110895/Journalist-went-undercover-jihadi-bride.html


Edição: 1
Editora: Paralela
ISBN: 9788565530965
Ano: 2015
Páginas: 208
Autor: Anna Erelle

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