Buenos Aires - Diquinhas parte 1#



Sempre fui super curiosa pra conhecer a Argentina e depois que comecei a ter mais contato com alguns hermanos devido ao trabalho, resolvi enfim por em prática meus planos  de viajar. De início ninguém embarcava na minha viagem, então comecei a me preparar para uma viagem "by myself". Pesquisei muito pela internet (muito mesmo), conversei com pessoas que já tinham viajado p/ lá e tb peguei algumas diquinhas com os argentinos do trabalho e aos poucos fui montando meu roteiro.

Faltando uns dois meses para a data programada consegui enfim convencer duas amigas para esta aventura e juntas compramos as passagens e resolvemos onde seria a estadia. Ficamos em dúvida entre hotel e hostel (albergue) e começamos a pesquisar e conversar com pessoas que estavam por lá. A diferença de preço era mínima, mas decidimos ficar em um hostel, devido a possibilidade de se conhecer novas pessoas com mais facilidade. Pesquisamos, pesquisamos, pesquisamos e escolhemos o Milhouse! E que escolha certeira! (http://www.milhousehostel.com/)


O albergue Milhouse possui duas unidades e nós optamos pela nova, que fica na Avenida de Mayo. Simplesmente era demais. Limpo, clean, organizado, com um café da manhã divino para padões de albergue e pelo que já vi lá fora (sucrilhos, leite, suco, café, chá, laranjas, paes quentinhos, doce de leite, geléia e manteiga), sala de tv ampla, computadores, elevador, bar,  mesa de sinuca e de ping-pong. Resumindo, é uma ótima opção de estadia e compensa muito pela localizacao e qualidade. No entanto, não reservamos quarto coletivo e sim um triplo privado (suite), afinal apesar de querer estar no oba-oba do clima de albergue, queriamos tb um pouco mais de privacidade e conforto. O local é recheado de australianos, ingleses, americanos,  israelenses e outros gringos.  O staff do albergue é todo composto por Argentinos....as mulheres eram em sua maioria mal educadas e grossas (com exceção de 2), porém os homens eram muito educados e tiravam todas nossas dúvidas a respeito da cidade, lugares, etc. ( eles oferecem por um preço bem baixo opções de passeios...mas como queríamos fazer o nosso "horário" acabamos fazendo tudo por conta própria).


O bom do albergue é que todo dia rolava um "warm up" antes de alguma balada (eles organizavam a ida para uma boate diferente cada dia) e nas segundas rola uma festinha até bem legal na unidade mais antiga da rede (por sinal nunca se hospede lá....a estrutura é velha e suja....nem parece com a filial). Enfim...conhecemos muita gente diferente, divertida e com certeza em uma próxima viagem me hospedaria no Milhouse novamente. Gostei muito!!
Ah sim...quase esqueço de comentar...o que seria uma provável viagem sozinha, acabou em um grupo de 5, depois que mais duas amigas resolveram se juntar dias antes da viagem (daí reservamos 2 quartos - um duplo e outro triplo. O triplo era show...um duplex)



Vamos lá para as diquinhas:


Tango

Existe mil lugares para se assistir este tipo de espetáculo na capital Portenha, porém depois de fazer uma enquente com várias pessoas (inclusive alguns argentinos),  resolvemos ir ao Señor Tango, que apesar de ser considerado como "Holywoodiano" é o mais famoso na cidade e é o tipo de lugar que você NÃO pode deixar de ir. (http://www.senortango.com.ar)



Não utilizamos nenhum intermediador para reservar nosso espetáculo. Ligamos diretamente para  Señor Tango e fechamos tudo. Pagamos pela opção sem jantar, pois tudo mundo tinha comentado que o mesmo era caríssimo e não valia a pena. Pagamos o ingresso+ o tranfer do hostel para lá (ida e volta). Acho que tudo saiu em torno de $ 150,00 pesos. (o preço não varia de acordo com  dia da semana/ fomos em um domingo).


Sinceramente?  É lindo no início, tudo mega bonito, super show no estilo vegas, porém depois de quase 2 horas o sono vai batendo e o tédio também rs rs...... Se não me engano, o espetáculo demora em torno de 3 horas, com direito a várias bailarinas, cavalos, bandinha, cantores...enfim...mega produção e por mais que no fim das contas você saia de lá super exausta é uma coisa que deve ser feita pelo menos uma vez na vida...hehehe




Cemitério de Recoleta


De primeira você pode pensar que este é um passeio macabro, mas calma, pois o cemitério de Recoleta é um dos pontos turísticos mais visitados na cidade. Simplesmente este foi um dos passeios que mais adorei! O cemitério é  monumental, um grande acervo a céu aberto de obras de arte! Simplesmente é apaixonante! Amei! É incrível ver como cultura é uma "coisa" ímpar em cada lugar. Os túmulos e jazigos são lindos, bem cuidados e demonstram como os mortos são bem "cuidados" e homenagiados.  Este cemitério é tido como o terceiro mais lindo e visitado do mundo  inteiro....daí dá para se ter noção do quão enriquecedor este passeio pode ser, e ainda melhor, de graça (tb existe a opção de visitas guiadas).



 Realmente é bastante impressionante e também muito fácil se perder por entre as lápides, túmulos, de tão grande que o cemitério é...parece até um labirinto! 

Dentre tantos mausoléis lindos e enormes, o que mais que chamou atenção foi este da foto acima. Simplesmente era uma estátua de uma moça (adolescente) e parece que ela morreu na neve com seu cachorro. Os gatos passam bastante tempo ao redor dessa estátua (inclusive tinha um rondando por lá, mas hora que fui tirar a foto ele se escondeu no fundo). A dedicatória neste túmulo era do pai dessa moça, em italiano. Me comoveu bastante, pelo menos as palavras que entendi.


Por fim, depois de tanto procurar e andar, seguimos um grupo de japoneses com suas máquinas fotográficas super hiper mega tecnológicas e achamos o túmulo  da Evita Perón. O que me decepcionou bastante, visto o tanto que este é famoso e comentado. Sem dúvidas ele deveria ser o que tinha mais placas de homenagens e  muitas flores bem recentes, porém era ão pequeno e simples que passei despercebida por ele por diversas vezes. Enfim...fui lá, tirei uma fotinha só pra registrar mesmo, pois não era nem de perto o mais belo e interessante.





Em frente ao cemitério há uma pracinha bem lidinha, com árvores muito belas e até alguns vendedores ambulantes de arte. bem legal! Ao terminar o seu passeio vale a pena caminhar pela praça, passar pelos telefones públicos e até mesmo fazer uma "llamada" para casa em uma cabine telefônica bem ao estilo Londrino e logo depois ir na rede de gelato mais famosa da Argentina. O Freddo. A rede de  sorveteria artesenal é a mais amada pelos argentinos e idolatrada pelos turistas, tem zilhões de pontos de venda por todo canto da cidade (quase um Bompreço) e está sempre lotada! Eu simplesmente virei fã dos sorvetes de lá! Provei o clássico e imbatível "dulce de leche" e o outro não lembro bem o nome, mas era tipo cheesecake de morango com suspiro (p.s.: que gordinha)! Sem dúvidas, todos os sabores de lá batem o Fredíssimo daqui!





Trocar o $$$$


Sem dúvidas o melhor lugar para se trocar o dinheiro é o Banco de La Nación. Dentro do próprio aeroporto há uma filial do mesmo antes da saída do portão de desembarque. Troquei dinheiro lá e como acabei gastando tudo, tive que trocar mais durante a viagem e confesso que pesquisei (e andei) muito e as outras cotações não eram tão atrativas. acabei trocando outra parte do dinheiro no centro.

Detalhe: há diversos bancos de La Nación pela cidade, mas nem todos fazem câmbio com o real. Pelo que me lembro,  a unidade que fica na praça ao redor da Casa Rosada é um dos poucos que você consegue fazer a troca da moeda Brazuca.




Deslocamento / Taxi


Sempre ouvir falar que taxista em Buenos Aires era igual a vigarista, porém fui surpreendida. Por segurança e pq chegamos de madrugada, pegamos um táxi "oficial" do aeroporto. Pagamos cerca de 90 pesos até o hostel. Na cidade pegavamos em qualquer canto e só andamos de táxis, pois não queriamos pegar bus nem metro, até pq estavamos em uma quantidade boa e  no final das contas taxi por lá é super barato, quase de graça.

Tivemos muita sorte com os motoristas que pegamos. Em uma semana, somente um era chato, mal educado e ranzinza...os outros sempre eram super simpáticos, puxavam papo, davam dicas (principalmente do que e onde tomar cuidado com segurança) e até teve um que era o "rei da balada" e só trabalhava à noite em um ponto em frente ao hostel...este ao nos levar nas baladas, nos falava onde era o point e até colocava a música super mega alta para ir nos animando! Super figura!!! Ah sim, teve outro que era sem noção, mas na verdade ou ele era recém motorista ou não era da cidade, pois nos falou tudo errado e nos largou em um parque errado e tivemos que andar um monte......

Enfim....Esta foi uma viagem "muy rica" e vai render pelo menos mais uns dois posts...posso adiantar que vem muita coisa boa por aí....tanto que ainda estou "apaixonada".......pela cidade, claro! rs

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